Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tomaram R$ 2,969 bilhões em crédito consignado -com desconto no benefício- em fevereiro, crescimento de 29,73% sobre o mesmo período de 2011 (R$ 2,288 bilhões).

Na comparação com janeiro de 2012 (R$ 2,9 bilhões), o aumento foi menor, de 2,38%, segundo divulgou o INSS.

Apesar do crescimento no volume, o total de operações caiu quase 13%, de 1,564 milhão, em janeiro, para 1,365 milhão no mês seguinte.

Na comparação com fevereiro de 2011, quando foram feitas 1,146 milhão de operações, houve aumento de 19%.

Os segurados podem tomar o consignado tanto por empréstimo pessoal quanto por meio de cartão de crédito.

O empréstimo liderou os contratos de fevereiro, totalizando R$ 2,967 bilhões em 1,362 milhão de operações.

Já as operações com cartão estão em queda. Na comparação anual, houve retração de 65,15% no valor das operações, para R$ 1,595 milhão em apenas 2.811 contratos.

De acordo com dados do INSS, a maior parte dos empréstimos (87,36%) foi parcelada de 49 a 60 meses.

Do total de operações, 37,29% foram de segurados de 60 a 69 anos. A faixa etária de 50 a 59 anos fez 22,56% dos empréstimos, e a de 70 a 79 anos, 23,32%.

O crédito consignado com desconto no benefício é uma operação barata para o consumidor, na comparação com outros empréstimos, por oferecer baixo risco de inadimplência para os bancos. Por isso os juros são menores.

As regras para essa modalidade limitam os juros em 2,34% ao mês, para o empréstimo, e em 3,36% ao mês, para o cartão consignado (quando é concedido por meio de cartão de crédito).

O limite inclui todas as taxas cobradas do cliente, o chamado custo efetivo total.

Além disso, as regras exigem que as parcelas sejam limitadas a até 30% da remuneração líquida do segurado, no caso do empréstimo, ou 20%, no caso do cartão.

Fonte: Folha de São Paulo – 16/04/2012